A vereadora professora Marli, que também atua como Procuradora da Mulher da Câmara Municipal de Toledo, se manifestou sobre os recentes casos de assédio e violência contra mulheres registrados no município ao longo da semana. Segundo ela, as situações revelam a urgência de fortalecer ações de proteção, acolhimento e enfrentamento às violências que atingem trabalhadoras e moradoras da cidade.

Marli destacou que, mesmo estando em Curitiba participando de uma capacitação sobre Procuradorias da Mulher na Assembleia Legislativa, recebeu inúmeras solicitações de informações sobre os episódios envolvendo servidoras do serviço público municipal. A vereadora confirmou que já são dois casos oficialmente acolhidos pela Procuradoria da Mulher desde sua implantação.

O primeiro ocorreu na área da violência doméstica, no qual a Procuradoria atuou juntamente com a vereadora Katchi Nascimento, a Delegacia da Mulher e outros órgãos competentes para garantir a segurança da vítima e de seus filhos, que precisaram ser transferidos para outro município.

O segundo caso envolve denúncias graves de assédio sexual e assédio moral praticados por um servidor comissionado que exerce função de chefia direta sobre as servidoras envolvidas. As denúncias foram recebidas pela ouvidoria da Câmara, que acompanhou as trabalhadoras até a Delegacia da Mulher para o registro do boletim de ocorrência. O caso agora segue encaminhado também ao Ministério Público.

A vereadora relatou ainda uma situação que considerou “inadmissível”: a transferência de uma das servidoras denunciantes para outra região da cidade, longe de sua lotação original e sem justificativa funcional. Para Marli, essa medida pune a vítima e reforça a sensação de desproteção.

Diante dos fatos, ela reiterou o pedido formal para que a Prefeitura afaste imediatamente o servidor comissionado até a conclusão das investigações. “Não é possível que servidoras concursadas sejam afastadas por até 60 dias sem prova alguma, enquanto um comissionado denunciado por assédio permaneça no cargo, intimidando e convivendo diretamente com quem o denunciou. Isso não pode continuar acontecendo”, afirmou.

A vereadora reforçou que a Procuradoria da Mulher seguirá atuando com rigor, acolhimento e responsabilidade em todos os casos que chegarem ao órgão. “Toledo não vai mais se calar diante da violência que nós, mulheres, enfrentamos no dia a dia. Estamos aqui para garantir que cada denúncia seja tratada com seriedade e que nenhuma mulher seja deixada sozinha”, declarou.

Da Redação

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