Quando o tempo fecha e a chuva se aproxima, produtores rurais de Santa Helena já se apressam em abastecer os geradores — um reflexo da desconfiança com o fornecimento de energia da Copel, que, segundo eles, costuma ser interrompido com frequência.

Se a falta de energia dura poucos minutos, os geradores conseguem suprir a demanda. Porém, quando a interrupção se prolonga, os prejuízos se tornam inevitáveis: custos aumentam, equipamentos falham e animais morrem.

Na avicultura, o problema é ainda mais grave. A energia é essencial para manter a oxigenação e ventilação dos barracões. Sem ela, o calor aumenta rapidamente e as aves adultas correm risco de morte por superaquecimento e enfarte.

Na semana passada, um avicultor da comunidade de Esquina Rosa, no interior de Santa Helena, perdeu quase cinco mil aves após o gerador falhar durante uma longa queda de energia.

“Quando o ambiente não está adequado, as aves param, deitam. Ficar com o peito na cama do aviário por muito tempo leva ao superaquecimento e elas enfartam”, relatou o produtor.

Os agricultores cobram uma resposta definitiva da Copel, afirmando que o problema é recorrente. “Não adianta vir, bater a chave e esperar até a próxima garoa”, desabafou um dos produtores.

Eles pedem que a companhia identifique e solucione as causas reais das interrupções, garantindo segurança e estabilidade para quem depende da energia elétrica para manter a produção e a vida no campo.

Correio do Lago
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