O Paraná avançou uma posição no indicador Educação no Ranking de Competitividade dos Estados 2025, divulgado nesta quarta-feira (27) pelo Centro de Liderança Pública (CLP), e agora ocupa o 4º lugar. A nota subiu de 71,22 em 2024 para 80,9 em 2025, reflexo de investimentos crescentes na rede estadual e da melhoria em diversos indicadores avaliados pelo levantamento.
O Estado é líder nacional em dois subitens: avaliação da educação, que avalia o status dos programas estaduais de avaliação da educação básica, e Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), replicando a liderança já apontada pelo Inep. No primeiro caso o Paraná manteve o status e no segundo saltou para primeiro, ultrapassando São Paulo.
A avaliação leva em conta, por exemplo, o Prova Paraná, que compõe o Sistema de Avaliação da Educação Básica do Paraná (Saep) e tem como objetivo o diagnóstico das aprendizagens dos estudantes matriculados nas instituições de ensino da rede pública estadual e das redes públicas municipais de educação daqueles municípios que realizaram a adesão. Os resultados obtidos subsidiam os professores, as equipes gestoras, a Secretaria de Estado da Educação (Seed) e as Secretarias Municipais de Educação na definição de ações e estratégias.
Já o Ideb reforça a nota já distribuída pelo Ministério da Educação. Entre 2021 e 2023, o Paraná aumentou de 4,8 para 4,9 a sua nota no ensino médio, o que inclui as escolas públicas, sob gestão do Governo do Estado, e as escolas privadas e institutos federais. Com isso, o Estado manteve a liderança nacional, à frente de Goiás e do Espírito Santo, ambos com nota 4,8. A média nacional é de 4,3. Nos últimos anos do ensino fundamental, que engloba estudantes do 6º ao 9º ano, o Ideb do Paraná passou de 5,4 para 5,5, empatado com os estados do Ceará e Goiás.
Outro destaque foi o aumento no Enem, para a 7ª posição. Essa métrica analisa a média simples das notas das provas do Exame Nacional do Ensino Médio. O Paraná tem sete escolas estaduais entre os 50 colégios públicos do País que não realizam processos seletivos com melhor desempenho no Enem de 2024, segundo levantamento realizado pelo jornal O Globo.
Por fim, outro crescimento consistente foi a taxa de frequência líquida do Ensino Fundamental, que é a razão entre o número de pessoas na faixa etária de 6 a 14 anos frequentando o Ensino Fundamental. Para melhorar ainda mais, a Secretaria da Educação do Paraná desenvolve o Programa de Combate ao Abandono Escolar (PCAE), que tem como objetivo de garantir o direito à Educação para crianças e adolescentes. Para isso, articula o envolvimento necessário de todas as entidades que compõem a Rede de Proteção aos Direitos da Criança e do Adolescente.
Para o secretário da Educação, Roni Miranda, o Ranking de Competitividade dos Estados 2025 mostra o quanto o Paraná coloca a educação no topo das prioridades. “Estamos investindo mais do que a média dos estados para modernizar a infraestrutura das escolas, apoiar o trabalho dos professores e criar ambientes mais acolhedores para os nossos alunos. Não são apenas obras, mas um investimento no futuro”, afirmou.
De acordo com o Tesouro Nacional, o Paraná inclusive é o estado brasileiro que mais investe proporcionalmente em educação. Somente no primeiro semestre deste ano, 24% de todas as despesas líquidas do governo estadual foram aplicadas na área, o que representa R$ 7,78 bilhões – valor quase 90% acima da média nacional.
INVESTIMENTOS – De acordo com a Secretaria de Estado da Educação, o avanço no ranking reflete um conjunto de ações e investimentos recordes. Somente neste ano, o Estado já entregou sete novas escolas, com outras sete em construção, e mantém mais de 300 obras em andamento. No mesmo período, foram adquiridos quase 10 mil aparelhos de ar-condicionado e destinados R$ 150 milhões para adequações elétricas, garantindo que todas as salas de aula sejam climatizadas até março de 2026.
O programa Escola Mais Bonita já reformou 1.600 colégios em todas as regiões do Paraná. Na área tecnológica, a rede estadual recebeu 25 mil tablets, 32 mil chromebooks, 15 mil desktops e mais de 180 mil fones de ouvido, além da instalação de antenas Starlink em 159 escolas indígenas e quilombolas. Outro marco é o maior programa de intercâmbio estudantil do Brasil entre redes estaduais, o Ganhando o Mundo. Desde 2022, mais de 2,5 mil estudantes, professores e diretores já participaram da iniciativa, que soma mais de R$ 500 milhões em investimentos.
Os investimentos se traduzem em resultados concretos. A pesquisa “Fala, Estudante!”, que ouviu 720 mil alunos da rede estadual, mostrou que 79% dos estudantes da rede avaliaram positivamente a infraestrutura das escolas e 65% consideraram a merenda boa ou ótima.
“Uma educação de qualidade vai muito além do conteúdo ensinado em sala. Um ambiente físico bem cuidado e recursos de ponta impactam diretamente na vida dos nossos alunos, que estudam melhor, aprendem melhor e continuam garantindo que a educação do Paraná seja a melhor do País”, acrescentou o secretário Roni Miranda.
RANKING DE COMPETITIVIDADE DOS ESTADOS – O ranking leva em consideração 100 indicadores em eixos estratégicos nas áreas de infraestrutura, sustentabilidade social e ambiental, inovação, capital humano, além da segurança pública, educação, e a eficiência da máquina pública. Ele é realizado pelo Centro de Liderança Pública (CLP), em parceria com a consultoria Tendências, a Gove e a Seall.
O Paraná é o terceiro estado mais competitivo do Brasil, segundo o Ranking de Competitividade dos Estados, divulgado nesta quarta-feira (27), com nota 71,6. Esse é o quarto ano consecutivo dessa marca, alcançada em 2022, o que mostra consistência das políticas públicas implementadas nos últimos anos. São Paulo é o primeiro (81) e Santa Catarina o segundo (79,6).
AEN/PR