Se não fossem as fotos, muitos poderiam achar que o episódio vivido pelo jovem Vitor Hugo da Silva, de 22 anos, era “história de pescador”. Na semana passada, o guia de pesca fisgou um peixe Pintado de 1,70 m no Rio Ivaí, em São Carlos do Ivaí, no noroeste de Paraná.

“Ele é um peixe difícil de capturar. Quando a gente pega, a gente fica naquela emoção. E eles são muito fortes. Não dá para perceber, mas são uns 40 minutos de briga. Então a gente já esperava que o bicho seria grande, mas não daquele jeito”, brinca.

Natural de São Carlos do Ivaí, Silva conta que entrou no mundo da pesca ainda criança, acompanhando o pai. O amor pela atividade foi tão grande que resolveu transformá-la em trabalho.
“Pesco desde os cinco anos de idade com meu pai. Só que era um vício e eu transformei o hobby em profissão já vão fazer dois anos”, conta.

Os anos pescando no rio Ivaí fizeram com que Silva adquirisse conhecimento e experiência, algo que contribuiu para que ele começasse a pescar peixes tão grandes.

Ele lembra de quando fisgou o primeiro, há 5 anos.

“Foi uma piapara. É um peixe de menor porte, ela chega a 55 cm, 60 cm. A que fisguei tinha 75cm. Foi depois disso aí que começou tudo”, afirma.

Questionado sobre o motivo de fisgar tantos peixes grandes, Silva afirma que o rio tem papel fundamental.

“Nosso rio é considerado como berçário dos outros rios. Os outros peixes grandes sobem para poder reproduzir, para depois voltar para o rio Paraná.

Segundo a bióloga Maria Lizama, além disso, a presença de peixes tão grandes na região pode indicar que a qualidade da água esteja boa.

“Os peixes, de uma forma geral, são animais que têm maior sensibilidade, justamente por que eles respiram pelas brânquias e elas têm contato direto com o ambiente, com a água. Se são ambientes muito poluídos, normalmente esse animal tende a sair dessa região e ir para uma região onde ele possa respirar melhor”, explica.

Texto e foto: reprodução/g1, com edição NH Notícias
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